quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Lagos, de um passado por descobrir ao presente

 Se nos debruçássemos sobre a história do nosso Algarve, teríamos que recuar cerca de 1800 anos para descobrirmos, por exemplo, que a cidade de Lagos já se chamou Lacóbriga (séc. III DC), HALQ AZ-ZÃWIYA (séc. X DC) e o que é certo é que a palavra Algarve advém de AL-GHARB – nome atribuído à região durante a ocupação muçulmana do mar mediterrânico. Estes acontecimentos históricos foram fundamentais para a estruturação, tanto a nível arquitectónico como a nível cultural, do Algarve que conhecemos hoje, devido ao facto de ainda se encontrarem de pé algumas estruturas da época. No entanto, apenas existem fotografias ou retratos desta região de há cerca de 100 anos sensivelmente.




 É precisamente sobre Lacóbriga que fizemos um levantamento de informação e de fotografias históricas comparando-as com o presente de modo a conhecermos as diferenças entre as duas épocas, conhecermos também um pouco da sua história e percebermos alguns elementos icónicos. 



 Com o passar dos anos alguns traços arquitectónicos permaneceram intactos e esses são bastante visíveis e mantêm-se ao alcance de qualquer um como, por exemplo, as diferentes janelas, maioritariamente de estilo pombalino, mas também de estilo manuelino e em minoria, as de estilo árabe (sendo do primeiro estilo muitas permaneceram intactas desde o século que os edifícios a que pertencem foram construídos); as típicas chaminés algarvias e ainda os azulejos decorativos portugueses. 



In: Lagos, Evolução Urbana e Património, org. Rui M Paula, CML
Actualmente os edifícios existentes estão integrados no meio, quer isto dizer que no centro histórico não existem estruturas de grande altitude, até porque são os mesmos edifícios de há pelo menos 50 anos ou mais, que vão sendo restaurados. Infelizmente, e devido ao facto de o Algarve viver praticamente do turismo, houve a necessidade de construir hotéis e o melhor exemplo para este caso serão os Hotéis construídos em cima da arriba da Praia da D.Ana ou então os junto à costa, como é o caso da Meia Praia.



 No concelho de Lagos, há cerca de 100 anos, vivia-se essencialmente da pesca e da agricultura e produzia-se o azeite, o vinho, a cortiça, o tijolo e conservas, tal como acontecia um pouco por todo o Algarve. Lagos já era considerada cidade, mas as pessoas distribuíam-se pelos arredores, por outras aldeias e vilas do concelho. O ambiente rural era muito pouco desenvolvido, pois existia também muita pobreza, praticava-se a agricultura e a pecuária, porém na cidade vivia-se praticamente da pesca.



 Curiosidade: O nome "Índios da Meia Praia" refere-se aos pescadores que partiam para o mar para a pesca.




In: Lagos, Evolução Urbana e Património, org. Rui M Paula, CML




Durante este século o concelho de Lagos veio a solidificar-se, constituindo-se assim pela cidade de Lagos, Vila da Luz, Bensafrim, Barão de São João, Chinicato e Odiáxere. No caso da cidade e da Vila estão mais ligadas entre si devido à proximidade com o mar e com as pescas.



 Actualmente nota-se não só em Lagos, mas também um pouco por todo a região e pelo país, um acréscimo no que toca no valor à cultura. Passaram a existir alguns equipamentos e entidades culturais como, por exemplo, a Biblioteca Municipal onde o público em geral pode usufruir gratuitamente de toda a informação disponível na biblioteca e até descobrir por lá um pouco mais deste concelho, ou o Centro Cultural que acolhe os mais variados espectáculos ao longo do ano, desde música,  exposições, cinema, entre outros. 





Fonte
In: Lagos, Evolução Urbana e Património, org. Rui M Paula, CML

Trabalho Realizado por:
André Conceição
Francyele Moreira
Isadora Serrão
Isa Mara
João Barbosa






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