A literatura é uma forma de consolidação do património cultural e
artístico na medida em que através dela é feita a divulgação da cultura e
património de um povo, caracterizando uma determinada época e lugar
tornando possível o seu conhecimento ao longo dos anos, em várias
línguas e em todo o mundo. Esta divulgação transmite-nos conhecimentos
que, por vezes, nos ajudam a compreender melhor as nossas origens e
tornam-nos também mais conscientes do mundo que nos rodeia e da
sociedade em que vivemos.
Porém é de notar que a origem da
escrita não coincide com a origem da literatura. Os textos sumérios e os
hieróglifos egípcios, que são considerados a escrita mais antiga de que
há registo, não são classificados como documentos literários.
Um
dos melhores exemplos das diferentes formas que a literatura pode
apresentar é a própria literatura popular, de bastante importância em
Portugal, porém foge ao ideal de que a escrita é a única forma da
sua representação. Se recuarmos algumas décadas, a maioria da população
no nosso país era analfabeta, deste modo, os conhecimentos eram
transmitidos verbalmente, através de contos, fábulas, ditados populares,
cantigas, lengalengas, entre outros. Este tipo de literatura assumiu um
papel muito importante visto que, só através desta foi possível a
transmissão de conhecimentos e ideais a uma população que se encontrava
totalmente reprimida até ao final da ditadura.
A literatura é
uma forma de perpetuar o momento visto que através de expressões e
palavras é possível toda uma transmissão de sentimentos, de
acontecimentos e até experiências de vida, deste modo um simples texto
pode passar pelas mãos de varias gerações com o intuito de conhecer e
compreender determinadas fases da nossa história.
Existem
evidências óbvias da importância deste tema na literatura portuguesa,
autores como José Saramago, Luís Vaz de Camões, Fernando Pessoa, Gil
Vicente, assim como, obras de grande importância, como por exemplo,
“Sermão de Sto. António aos Peixes”, “Os Maias”, “A Mensagem” e “O Auto
da Barca do Inferno”, alguns deles escritos por autores não mencionados
anteriormente, porém de grande relevância para a literatura e cultura em
Portugal.
Por:
Catarina Rodrigues
Catarina Rodrigues
Luciana Nobre
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